quarta-feira, 10 de outubro de 2007

afogamento


Mais uma morte

Garçom morre afogado ao tentar desenrolar uma linha de pescaria no fundo do Lago; 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o caso


Sílvia Barros



O garçom Alex Wesley Rodrigues, 23 anos, morreu afogado, ontem, por volta das 16h, na altura da Ponte das Garças, no Lago Paranoá. Ele pescava com mais quatro amigos quando a linhada – que é uma forma de pescaria – se enrolou no fundo do Lago. Alex pulou na água para retirar o anzol e o chumbinho, mas acabou afogando-se ao tentar desenrolá-los da linha. Com este caso, sobe para oito o número de mortes por afogamento no Lago este ano. Em todo o passado, foram 12.


Um dos amigos de Alex, identificado como Leandro, contou que ele teria se desesperado ao perceber que estava preso aos fios. Sem ter como se soltar, acabou engolindo muita água. "Não tivemos como ajudar. Quando conseguimos tirá-lo da água, ele já estava morto", lamentou.


O major Rogério Santos Soares, do Corpo de Bombeiros, acredita que Alex tenha ficado, mais ou menos, 20 minutos dentro da água. "Chegamos em seguida, mas não tinha mais o que fazer", lamentou. Segundo testemunhas, os amigos estariam consumindo bebida alcoólica desde muito cedo. "Álcool não combina com esse tipo de lazer. A pessoa se sente encorajada, mas ao pular na água acaba afogando-se", explicou o oficial. Ele calcula que o local onde o rapaz se afogou não tinha menos de três metros de profundidade.


Alex Wesley morava em Samambaia e trabalhava no Lago Sul. A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o afogamento. O laudo pericial deve sair nos próximos 15 dias.








Dicas

- Quem pretende aproveitar as águas do Lago Paranoá deve evitar alimentação pesada, caso queira nadar;


- Não nade ou pesque sozinho. Tenha sempre alguém por perto;


- Não consuma bebida alcoólica;


- Antes de mergulhar, conheça a profundidade do local;


- Nunca mergulhe de ponta em local desconhecido;


- Não pule no Lago para desenrolar varas de pescarias;


- A pessoa que não sabe nadar deve usar colete ou bóia.






















fontes

http://www.clicabrasilia.com.br/

poluicao no lago Paranoa

Edilson Rodrigs

Carlos Vieira/CB


No Núcleo Bandeirante, córrego Riacho Fundo está assoreado devido a ausência de vegetação nativa nas suas margens

O Lago Paranoá é uma natureza maltratada. Nascido pela mão do homem está sob ameaça por causa da falta de consciência ambiental. Mesmo com 92% da área em condições de banho, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Pastor Jorge Pinheiro (PMDB), está assustado quanto às condições de preservação da Bacia do Paranoá. ‘‘Não temos o que comemorar. As condições do lago são muito ruins’’, destacou ontem, durante a abertura da Semana do Meio Ambiente.

O maior inimigo do Lago Paranoá é o assoreamento — acúmulo de terra e detritos no leito das águas. E o problema não ocorre apenas por causa de construções irregulares nos 111 quilômetros de margem. A degradação dos rios e córregos afluentes — Ribeirão do Torto, do Gama, do Riacho Fundo e do Bananal — está reduzindo a profundidade do lago. Cerca de 2,3 km² da área interna do lago, o que equivale a 213 campos de futebol, já foram perdidas. Esse índice representa pouco mais de 6% da área total do Paranoá.

‘‘A falta de controle sobre a proliferação de condomínios irregulares em áreas de preservação ambiental está matando os afluentes que alimentam o lago’’, explica o ambientalista João Arnolfo Carvalho, da ONG Olhos D’Água. Além do assoreamento, outras ações humanas matam lentamente o Paranoá. Entre elas os aterros, sobretudo em terrenos privados no Lago Sul e Norte.

Para proteger o Paranoá de mais danos ambientais, o governador Joaquim Roriz vai lançar esta semana um decreto que disciplina as construções às margens do lago. O texto segue boa parte das regras estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). ‘‘Em 44 anos, nunca houve uma normatização que deixasse claro o que pode e o que não pode fazer na beira do lago’’, disse Pinheiro.

A lei vai proibir construções a uma distância inferior a 30 metros da água. Cais e piers serão permitidos, mas com arborização. As obras precisarão de autorização da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Um estudo do GDF identificou 75 infrações graves contra o lago. Cerca de 30% dos depredadores serão notificados.

Os infratores terão que apresentar, em 30 dias a partir da notificação, um plano de recuperação das áreas degradadas. A Semarh fará a consultoria, mas as despesas correrão por conta dos proprietários. Se o plano não for executado, multas podem chegar a R$ 90 mil. ‘‘Nossa intenção é recuperar, não multar. Mas, temos de acabar com a sensação de impunidade de quem comete crimes ambientais’’, explicou Pinheiro.

O ambientalista João Arnolfo está cético quanto às medidas do governo. ‘‘Isso é pirotecnia. Bastava o governo cumprir as determinações do Ibama que a degradação do lago não chegaria aos níveis atuais’’, reclamou. Segundo ele, disciplinavr apenas as construções das margens é muito pouco. ‘‘Deve-se ter um plano amplo, que procure preservar os afluentes. Sem eles, pouco adianta a conservação das margens’’, criticou.

Limpeza

Para comemorar a Semana do Meio Ambiente, a Semarh promoveu uma limpeza no fundo do Paranoá na altura da barragem. Cerca de 70 mergulhadores voluntários retiraram, aproximadamente, uma tonelada de lixo. Eram, sobretudo, pneus, garrafas de refrigerante pet, latas e restos de entulho de obras.
cidades@correioweb.com.br

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Queimadas

QUEIMADAS
A Temperatura do Ar e do Solo Perda de nutrientes na fumaça

Um dos efeitos mais imediatos de uma queimada é a elevação da temperatura local, seja do ar, seja do solo. Os poucos dados de que dispomos mostram que a temperatura do ar na chama pode atingir 800ºC ou mais. Todavia, esta elevação é de curta duração; o fogo passa rapidamente. No solo a elevação é também momentânea, porém bem menos intensa. Dentro do solo, a 1, 2, 5 cm de profundidade, a temperatura pode elevar-se apenas em alguns poucos graus. Uma pequena camada de terra é suficiente para isolar termicamente todos os sistemas subterrâneos que se encontram sob ela, fazendo com que mal percebam o fogaréu que lhes passa por cima. Graças a isto, estas estruturas conseguem sobreviver e rebrotar poucos dias depois, como se nada houvesse acontecido. Estes órgãos subterrâneos perenes funcionam, assim, como órgãos de resistência ao fogo.

A Transferência de Nutrientes

Outro efeito do fogo, de grande importância ecológica para os Cerrados, é a aceleração da remineralização da biomassa e a transferência dos nutrientes minerais nela existentes para a superfície do solo, sob a forma de cinzas. Desta forma, nutrientes que estavam imobilizados na palha seca e morta, inúteis portanto, são devolvidos rapidamente ao solo e colocados à disposição das raízes. Existem hoje indicações de que estes nutrientes, uma vez na superfície do solo, não são profundamente lixiviados pela água das chuvas, mas, ao contrário, seriam rápida e avidamente reabsorvidos pelos sistemas radiculares mais superficiais, principalmente do estrato herbáceo. De certa forma, o fogo transferiria nutrientes do estrato lenhoso para o herbáceo, beneficiando a este último.

Todavia, durante uma queimada nem todos os nutrientes vão obrigatoriamente para a superfície do solo, sob a forma de cinzas. Grande parte deles é perdida para a atmosfera como fumaça. Cerca de 95% do N presente na fitomassa combustível volatilizam-se, retornando à atmosfera como gás. A metade dos outros nutrientes, como fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxôfre entra em suspensão no ar sob a forma de micropartículas de cinza, constituindo a parte visível da fumaça. Assim, a grande perda de nutrientes provocada pelo fogo reside nesta forma de transferência para a atmosfera e não na lixiviação dentro do solo, como se imaginava. A névoa seca que escurece os céus do Brasil Central na época das queimadas (julho, agosto) é uma demonstração visível dessa enorme perda de nutrientes. Numa estimativa grosseira, poderíamos dizer que o Parque Nacional das Emas, com seus 131.832 ha de Cerrado, queimados integralmente no ano de 1994, perdeu para a atmosfera algo em torno de 3.000 T de nitrogênio, 220 T de fósforo, 1.000 T de potássio, 1.800 T de cálcio, 400 T de magnésio, 450 T de enxôfre, totalizando cerca de 6.800 T de nutrientes minerais sob forma elementar.

Felizmente, estes nutrientes em suspensão na atmosfera acabam por retornar ao solo, seja por gravidade, seja por arraste pelas gotas de chuva. Um balanço feito em cerrados de Pirassununga, entre o que saía e o que retornava anualmente, permitiu-nos avaliar que, se as queimadas fossem feitas em intervalos de 3 anos, o "pool" de nutrientes no ecossistema local praticamente não sofreria prejuízos.

O Distrito Federal contabilizou, de 1º de janeiro até 24 de agosto, 3,422 mil incêndios florestais e queimadas na região. Pensando na prevenção desses incêndios, a Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAPDF) garantiu a realização do I Encontro dos Agricultores do Distrito Federal sobre Queimada Controlada e Incêndios Florestais, que acontece no dia 30 de agosto, no Colégio Agrícola de Brasília, em Planaltina.
O evento pretende despertar a comunidade rural para o problema das queimadas, que são vistas, pelos agricultores, como uma prática alternativa e barata para a limpeza e renovação de pastagens.
“Vamos instruir os agricultores quanto à queimada controlada, na adoção de práticas alternativas ao uso do fogo na agricultura. Também vamos divulgar medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais”, disse a coordenadora do encontro, Alba Evangelista Ramos.
Segundo Alba, a realização do evento, organizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do DF (SEAPA), vai trazer novos conhecimentos e tecnologias alternativas ao uso do fogo na área rural.
“O uso desses conhecimentos trará, a médio e longo prazos, benefícios ao meio ambiente, pela redução dos processos erosivos e perda de solo e do lançamento de fuligem no ar, melhorando a qualidade do ar da população na região”, afirma a coordenadora do evento.
Dados da UNESCO para o DF mostram que 42,32% do seu território são ocupados por áreas rurais, que a cada estação de seca (seis meses por ano) passa por momentos críticos, por causa de constantes incêndios e queimadas. Os resultados dessas práticas contribuem bastante para as mudanças climáticas, prejudicando, também, a saúde humana.

Fonte: http://eco.ib.usb.br/cerrado/fogo


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Cerrado



A Reserva da Biosfera do Cerrado, que teve até o presente definidas três fases que se situam em regiões do Distrito Federal e dos estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Piauí. O bioma Cerrado, por força das formas de exploração agrícola e pecuária de forte impacto ambiental, e de baixa capacidade de geração de emprego e renda, já apresenta uma grande perda de sua diversidade biológica riquíssima, combinada a um conjunto de paisagens precioso, que precisa ser conservado.

O escopo maior de seus trabalhos é a implantação do desenvolvimento sustentável nas regiões da Reserva da Biosfera. Também privilegia a conservação dos remanescentes ainda intocados de Cerrado, a recuperação de áreas alteradas e de corredores ecológicos já fortemente degradados, com perdas importantes de solo e de ricas aguadas, que, em algumas regiões, vêem ameaçadas, já, a sua perenidade.

A declaração da fase I da Reserva, que se circunscrevia ao território do Distrito Federal, data de 1994. Seu Comitê Distrital, depois de um início de poucas iniciativas, vem, nos últimos anos, conduzindo sua implantação, de maneira efetiva. Trabalha em consonância com um plano de ação, por ele elaborado, para a implantação do segmento da Reserva da Biosfera do Cerrado no quadrilátero do Distrito Federal.

A da segunda fase, de outubro de 2000. Seu Comitê Estadual está, já, em atividade, contando com um elenco de temas para desenvolver as primeiras iniciativas para a sua implantação. O Governo do Estado as produziu em trabalho conjunto com os governos dos municípios goianos da Reserva, e de parcelas da sociedade envolvidas com o desenvolvimento da Região Nordeste de Goiás. Com a aprovação da fase III, em setembro de 2001, a COBRAMaB apoiou a formação do Conselho da Reserva da Biosfera, restando que se trabalhe a criação dos Comitês Estaduais do Tocantins, do Maranhão e do Piauí.

O clima



Quem de vocês ainda não teve a oportunidade de discutir esta questão e ouvir argumentos do tipo clima? Bom, a "nossa" amazônia tem sido sistematicamente saqueada e destruída por nossos conterrâneos. O interessante é que muitas vezes estas discussões ocorrem em mesa de bar, quando a gente está "cuidando" de resolver os problemas do mundo. Depois de umas e outras, tem sempre alguem mais exaltado que brada o clássico argumento nacionalista em "favor" da tal destruição:_
DESTRUIÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS AFETA CHUVAS NOS EUA E NO RESTO DO MUNDO
Os cientistas estimam que entre um treço e metade da superfície terrestre de nosso planeta já foi alterada pela ação do homem. Um novo estudo apresenta idéias sobre os efeitos no longo prazo dos impactos destas transformações, especialmente a destruição em larga escala das florestas tropicais, sobre o clima global.
Pesquisadores da Duke University (EUA), analisaram dados de vários anos usando computadores da NASA para produzir várias simulações do clima. Os resultados da pesquisa indicam que a destruição das florestas em diferentes áreas do globo afeta o padrão de chuvas sobre uma região considerável do planeta.
O desmatamento na região Amazônica influencia a chuva do México ao Texas e no Golfo do México. Igualmente, desmatamento na África Central afeta a precipitação na parte alta e baixa do meio oeste Americano, enquanto que o desmatamento no sudeste da Ásia afeta o regime de chuvas na China e na península Balcânica. É importante observar que tais mudanças ocorrem primariamente em certas estações do ano e que a combinação de desmatamento nestas áreas aumenta as chuvas em uma região e as reduz em outras.
Estes resultados contradizem pesquisas anteriores que sugeriam que o desmatamento resultaria na redução de precipitação e aumento de temperatura apenas na bacia Amazônica, sem efeitos significativos no ciclo de água do resto do globo.

Pescaria no Lago Paranoá


Espécies de animais e peixes existentes no Lago Paranoá
Existem várias espécies de animais às margens do Lago Paranoá, como: cotiarinha (espécie de serpente, ), jacaré-tinga, cágado-de-barbicha, cuíca-d’água, além da capivara.
Pela água, a situação não muda. O Lago é o habitat, por exemplo, do cascudo, do tambaqui e do chique bluegill.
A cotiarinha, o jacaré-tinga, o cágado-de-barbicha, a capivara, o cascudo, o tambaqui, o bluegill, o biguá, a matraca e a marreca-irerê são apenas algumas das 48 espécies de anfíbios, 86 de répteis, 113 de mamíferos e 451 de aves que adotaram o cerrado do Distrito Federal como habitat natural.

Pescaria no Lago Paranoá

No Lago Paranoá, a pesca profissional esteve proibida entre 1966 e 1999. Herança da Lei de Segurança Nacional, essa proibição já não apresentava qualquer justificativa política ou ambiental, tendo em vista que a maioria das espécies do reservatório foi introduzida artificialmente (Petrere, 1996).

Mesmo sendo ilegal, em 1985 havia cerca de 100 famílias vivendo da pesca do Lago Paranoá. Exercida principalmente com tarrafas, apresentava uma produção anual de aproximadamente 200 toneladas (48 kg/ha/ano), concentrada especialmente em tilápias e carpas. O pescado era totalmente consumido nas cidades satélites do Distrito Federal e a oferta era inferior à demanda. Todos os pescadores possuíam compradores (intermediários) garantidos. A atividade tinha grande importância sócioeconômica, representando a principal fonte de renda para os pescadores e de alimento barato para as populações carentes do Distrito Federal (Dornelles & Dias Neto, 1985; Dias, 1994; Hollanda, 1996).

Recentemente, a pesca profissional do Lago Paranoá foi novamente monitorada (Walter, 2000). Mesmo clandestina e realizada com baixo esforço de pesca, em face da eficiente fiscalização do Batalhão Lacustre da Polícia Florestal do DF, foram capturadas 62,5 ton., com rendimento de 41,7 kg/pescaria, 224,7 kg/pescador/mês e uma produtividade de 39 kg/ha/ano. A pesca continuou concentrada em poucas espécies, todas exóticas, sendo a tilápia do Nilo responsável por 85% das capturas.

A clandestinidade e o aumento de fiscalização na última década forçaram várias famílias a abandonar a pesca. A conseqüente desestruturação social da pesca afugentou os antigos compradores de pescado (intermediários), tornando a comercialização centrada no próprio pescador, agora dono dos meios de produção e livre para escolher como vender o pescado. A renda média mensal dos pescadores que permaneceram em atividade variou entre R$ 424,00 e R$ 652,00, mas pescadores mais dedicados chegaram a obter uma renda mensal de R$ 1.087,00. Assim, a atividade provou ser economicamente sustentável e com grande potencial para agregar rendas ainda maiores, a partir de sua legalização.

Dessa forma, a pesca profissional no Lago Paranoá preenche todos os requisitos necessários para ser utilizada como medida socioambiental: captura centrada em espécies exóticas (98%) que afetam negativamente a qualidade da água; gera empregos diretos e indiretos para a população carente do Distrito Federal, é rentável economicamente e fornece proteína de alta qualidade e a preços baixos para as populações carentes da região. Além disso, a atividade, que é exercida desde a construção de Brasília, confunde-se com a própria história de pioneirismo da capital: 60% dos seus pescadores começaram e aprenderam a sua profissão nas águas do Paranoá e, mesclando os ensinamentos trazidos com os candangos-pescadores de todas as regiões do Brasil, criaram o “Jeito-Paranoá” de pescar, que reflete o alto conhecimento do pescador sobre as espécies e o ambiente em que estão inseridos.

A liberação da pesca profissional do Lago Paranoá foi, portanto, uma decisão acertada dos órgãos ambientais do Distrito Federal e do Governo Federal, que possibilitará a abertura de novos modelos de gestão social, econômica, ecológica, cultural e politicamente sustentáveis.

Curiosidades

Vários conflitos emergiram com o aumento da pesca: como as reclamações de moradores à
beira do lago incomodados pela presença de pescadores próximos aos seus
quintais; conflitos entre pescadores de anzol e rede, etc.




Fonte:




Fauna e animais do cerrado




A fauna do Bioma do Cerrado é pouco conhecida, particularmente a dos Invertebrados. Seguramente ela é muito rica, destacando-se naturalmente o grupo dos Insetos. Quanto aos Vertebrados, o que se conhece são, em geral, listas das espécies mais freqüentemente encontradas em áreas de Cerrado, pouco se sabendo da História Natural desses animais, do tamanho de suas populações, de sua dinâmica etc. Só muito recentemente estão surgindo alguns trabalhos científicos, dissertações e teses sobre estes assuntos.

Entre os Vertebrados de maior porte encontrados em áreas de Cerrado, citamos a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabo-mole, o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro-do-mato, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritataca, o gato mourisco, e muito raramente a onça-parda e a onça-pintada.

Excetuando-se a maioria das aves, segundo alguns autores a fauna do Cerrado caracteriza-se, em geral, pelos seus hábitos noturnos e fossoriais ou subterrâneos, tidos como formas de escapar aos rigores do tempo reinantes durante as horas do dia. Todavia, há autores que não concordam que isto seja uma característica da fauna do cerrado. Embora consideradas ausentes, espécies umbrófilas talvez ocorram no interior de cerradões mais densos, onde predomina a sombra e certamente sob o estrato herbáceo-subarbustivo. Segundo diversos zoólogos, parece não haver uma fauna de Vertebrados endêmica, restrita ao Bioma do Cerrado. De um modo geral estas espécies ocorrem também em outros tipos de Biomas. Todavia, entre pequenos roedores e pássaros existem diversos endemismos, a nível de espécies pelo menos.

Entre os Invertebrados, pesquisas futuras mostrarão seguramente muitas espécies endêmicas. Neste grupo da fauna merece especial destaque o Phylum Arthropoda e entre estes a Classe Insecta. Os cupins, insetos da Ordem Isoptera, Família Termitidae, são de grande importância seja pela sua riqueza em gêneros e espécies, seja pelo seu papel no fluxo de energia do ecossistema, como herbívoros vorazes que são e servindo de alimento para grande número de predadores (tamanduá, tatu, cobra-de-duas-cabeças, lagartos, etc.). Ordem de grande importância é a dos Hymenoptera, onde se destacam as Famílias Formicidae (formigas), como as saúvas (Gênero Atta) por exemplo, e Apidae (abelhas), esta última pelo seu importante papel na polinização das flores. Os gafanhotos (Ordem Orthoptera, Família Acrididae) também apresentam grande riqueza de espécies e significativa importância como herbívoros.